Estimulação Cerebral Profunda

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Estimulação Cerebral Profunda (Deep Brain Stimulation - DBS)

Consiste em um procedimento cirúrgico onde são implantados um ou mais eletrodos em regiões específicas do encéfalo, conectados a um gerador (bateria, como um marcapasso, chamado de neuroestimulador), utilizado para tratamento de doenças, ou mais especificamente, tratamento de sintomas relacionados com doenças como Doença de Parkinson, Distonia, Tremor entre outras. Muitas das cirurgias são realizadas com o paciente acordado, e durante o procedimento de implante, o paciente é examinado e re-examinado, com estimulações transitórias antes do implante definitivo dos eletrodos, otimizando o efeito clínico. 

Parkinson; DBS; Estimulação Cerebral; Tremor; Distonia
Esquema de como funciona a estimulação cerebral profunda (DBS), utilizada em Doença de Parkinson, Distonia, Tremor Essencial entre outros. 

Após as técnicas de lesões ablativas em núcleos cerebrais específicos muito utilizadas no passado para tratamento de diversas doenças neurológicas e psiquiátricas, descobriu-se que a estimulação desses núcleos poderia gerar o mesmo efeito, com a vantagem de ser algo reversível. Esse é o princípio da neuromodulação, onde o funcionamento do sistema nervoso pode ser alterado de maneira reversível, sem que seja realizada uma lesão permanente.

Essa técnica de neuromodulação de núcleos cerebrais profundos foi possível graças a avanços na tecnologia, com criação de geradores de pulso  implantáveis, com baterias de longa duração ou recarregáveis e ainda sofisticação de exames de imagem e eletroneurofisiologia, com possibilidade de microrregistro de unidades neuronais com padrões de disparo típicos para cada núcleo. 

Assim, a precisão de implante torna-se milimétrica, com a técnica de estereotaxia com fusão de imagens, associada a microrregistro cerebral. É possível posicionar com precisão eletródio dentro de um núcleo milimétrico, como é o caso do Núcleo Subtalâmico, principal alvo para o tratamento dos sintomas da Doença de Parkinson. É possível utilizar fusão de imagens de ressonância magnética com atlas estereotácticos, aumentando a precisão dos implantes. 

Dr. Bernardo de Monaco tem trabalhado como neurocirurgião funcional na Divisão de Neurocirurgia Funcional do HCFMUSP desde 2012 e na AACD - SP desde 2016, onde tem realizado procedimentos de implantes de eletródios cerebrais profundos para tratamento de diferentes doenças. 

As principais doenças tratadas com implante de estimulação cerebral profunda hoje são:

1) Doença de Parkinson

2) Tremor Essencial

3) Distonia

4) Outras doenças: como Transtorno Obcessivo-Compulsivo, Dor Crônica, Epilepsia, Depressão, Alzheimer, Sd. de Tourrette, Paralisia Cerebral Hipercinética, Estado de Consciência Mínima, alguns tipos de dores de cabeça, entre outros; muitos, ainda em caráter experimental. 

O ajuste da programação de estimulação após implante pode ser algo bem complexo para otimização do tratamento. É sugerido que o implante seja realizado por médico com experiência tanto no implante cirúrgico, como na programação pós-operatória. O seguimento pós-operatório é obrigatório e frequente, já que pequenos ajustes podem ser necessários. Pequenas mudanças nos parâmetros de estimulação podem gerar grandes mudanças no resultado clínico. 

O implante de eletrodo cerebral profundo utilizando-se de técnicas chamadas frameless, ou seja, sem a estereotaxia, já é possível, porém, por diferença de precisão em relação à estereotaxia, ainda não deve ser aplicada em implantes de eletrodos em que a precisão é grande, pois um erro milimétrico pode levar a efeitos colaterais não-toleráveis.

É importante salientar que a cirurgia de estimulação cerebral profunda trata sintomas das doenças e não as doenças em si. Ou seja: um paciente com Doença de Parkinson que for tratado com estimulação cerebral profunda não está sendo curado de sua doença e tampouco a postergando ou diminuindo sua progressão. Está apenas tratando sintomas gerados por ela, como diminuição do tremor, aumento da amplitude de movimentos, melhora da marcha, entre outros ganhos. 

A cirurgia não dispensa o tratamento da doença de base, que geralmente é realizado por equipe multidisciplinar, com médicos neurologistas, fisiatras, psiquiatras, neurocirurgiões funcionais, geriatras e/ou clínicos gerais. Além da equipe médica, os demais profissionais da saúde podem ter papel fundamental no tratamento, como a equipe de enfermagem, fisioterapia (especializada), terapia ocupacional, fonoterapia, psicólogas e educadores físicos. 

Para saber mais sobre a estimulação cerebral profunda, procure um neurocirurgião funcional que seja membro da Sociedade Brasileira de Estereotaxia e Neurocirurgia Funcional - SBENF. 

Um procedimento minimamente invasivo, como um implante de um eletrodo cerebral profundo, pode ser maximamente invasivo, já que altera circuitos neurais complexos, promovento grandes alterações físicas e psíquicas nos pacientes operados. 

Leia mais sobre DBS nesse link com outras informações. 

 

 Radiografia de paciente submetido a implante de eletrodo para estimulação cerebral profunda - Dr. Monaco. 

 

Análise de imagens para planejamento do alvo de implante do eletrodo para estimulação cerebral profunda - a programação computacional é parte importante do procedimento cirúrgico - Dr. Monaco