A espasticidade é o aumento do tônus muscular (músculos endurecidos), sendo estes músculos capazes de realizar movimentos de contração e relaxamento. Um exemplo simples é a ação de dobrar o cotovelo, onde há músculos que se contraem e músculos que se relaxam (músculos com funções opostas – para o movimento ficar harmônico, enquanto um músculo se contrai, o seu músculo oposto deve relaxar).
A espasticidade é um sintoma que pode estar presente em certas doenças e do corpo: como o caso de acidente vascular cerebral (AVC), lesão medular e, mais frequentemente em crianças, na encefalopatia anóxica não-progressiva perinatal, popularmente chamada de paralisia cerebral. Nestes casos o que acontece é a perda do controle do reflexo de estiramento, fazendo com que alongamentos musculares, por menores que sejam, causem contração muscular.
Na criança isso dependerá do grau de comprometimento do sistema nervoso, que costuma envolver características como falta de oxigenação cerebral, infecções e malformação congênita do sistema nervoso central.
Uma criança com espasticidade poderá apresentar dificuldade em realizar tarefas simples que envolvam coordenação motora, como comer, tomar banho e brincar sozinha. Ela também pode apresentar sintomas como dores musculares ou articulares.
O tratamento da espasticidade irá envolver uma equipe multidisciplinar, sendo que nas crianças com paralisia cerebral, as técnicas mais aplicadas são as terapias físicas, a aplicação de toxina botulínica, os medicamentos administrados por via oral, os métodos neurocirúrgicos e os bloqueios neurolíticos. Um medicação nacional (Ziclague) pode ser utilizada de forma tópica para amenizar a espasticidade.
É importante ressaltar que, apesar de não haver uma prevenção para a espasticidade, já que ela está normalmente associada a uma doença, o acompanhamento e tratamento adequados podem retardar a necessidade de uma cirurgia e, inclusive, reduzir a quantidade de intervenções necessárias.
Possui dúvidas sobre espasticidade na criança? Procure um neuropediatra, fisiatra, ortopedista pediátrico e neurocirurgião funcional, já que o tratamento sempre envolve uma equipe multidisciplinar.