Blog

logo2020

ptenfrdeitjaes

A paralisia cerebral é o termo utilizado para a encefalopatia hipóxica-isquêmica não-progressiva perinatal, ou seja, uma doença ocorrida no cérebro da criança próximo ao seu nascimento (intrauterina, na hora do parto ou após o parto), geralmente por baixa oferta de oxigênio, e que não progride. É importante notar que o cérebro com “Paralisia Cerebral” não está paralisado, não sendo, portanto, o nome mais adequado para a encefalopatia, porém, é o termo mais utilizado. Os acometimentos variam, desde leves sequelas, quase imperceptíveis, até casos graves, podendo ou não afetar o desenvolvimento intelectual. As paralisias cerebrais podem ser classificadas de acordo com a característica clínica mais dominante; sendo elas: espástica; discinética ou extrapiramidal e atáxica.

A paralisia cerebral espástica se caracteriza por aumento do tônus muscular e dificuldade de movimento, que varia com a velocidade de movimento. Ela é um sintoma presente em lesões no sistema piramidal (parte do sistema nervoso que controla o movimento). Pacientes diagnosticados com este tipo de paralisia comumente apresentam encurtamentos tendíneos, aumento do tônus muscular, aumento de reflexos e de resposta a estímulos em geral. Bebês com paralisia cerebral espástica devem iniciar reabilitação especializada desde o diagnóstico, o que nem sempre é simples de se fazer. Existem tratamentos cirúrgicos para pacientes com sintomas importantes relacionados com a paralisia cerebral, como a rizotomia dorsal seletiva ou a bomba de baclofeno. Para mais informações, procure um neurocirurgião funcional.

Já a paralisia cerebral discinética ou extrapiramidal é classificada dessa maneira quando há movimentos involuntários e atípicos: comumente consequência da distonia-espástica. Parte da causa desses movimentos é uma lesão do sistema extrapiramidal, uma parte do sistema nervoso central que modula os movimentos do corpo, em uma região chamada gânglios da base. A distonia é uma alteração de tônus muscular diferente da espasticidade, já que não depende da velocidade de movimento, pode não estar presente o tempo todo e gera movimentos incorretos, com contrações involuntárias em musculaturas onde não está programado o movimento, o que pode levar a mudança significativa no eixo corporal e movimentações aberrantes. É comum os músculos dos pacientes com distonia serem bem desenvolvidos, com pouca gordura corporal, já que estão “fazendo exercício” o tempo todo. A paralisia cerebral discinética também pode causar deformidades e pode estar relacionada com atrasos no desenvolvimento durante a primeira infância.

A paralisia cerebral atáxica é o caso mais raro da doença consequência de um maior acometimento cerebelar, que é essencial para as funções motoras do corpo humano, tais como manutenção do equilíbrio, coordenação, refinamento de movimentos voluntários e aprendizagem motora. Pacientes com este tipo de paralisia têm sinais como incoordenação das mãos e pés, tremores, dificuldade de andar em linha reta, entre outros. Pode ocorrer atraso e alterações na fala, às vezes, de difícil compreensão. Independentemente do tipo de paralisia cerebral, com orientação e tratamento adequados, o paciente pode ganhar qualidade de vida, assim como os cuidadores podem ter mais conforto para os cuidados quando exigidos.

Possui dúvidas sobre os tipos de paralisia cerebral? Entre em contato com um neuropediatra para uma avaliação detalhada e diagnóstico preciso.