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Quando falamos de espasticidade e rigidez, estamos descrevendo duas alterações que afetam os músculos e a capacidade de movimentação, porém elas possuem características diferentes. Não são doenças, mas sim, sintomas presentes em mais de um tipo de doença. A espasticidade é um aumento no tônus muscular que afeta preferencialmente as musculaturas anti-gravitacionais, que varia com a velocidade de movimento e está relacionada com hiperreflexia e movimentos em bloco, com co-contrações (contrações de músculos não recrutados). Um exemplo de doença que cursa com espasticidade é o acidente vascular encefálico (AVE ou AVC). Já a rigidez é um endurecimento muscular, que diminui a velocidade e amplitude dos movimentos, não-dependente de velocidade e presente em todo o arco de movimento. Um exemplo de doença que cursa com rigidez é a Doença de Parkinson.

A espasticidade é o aumento do tônus muscular (músculos endurecidos), sendo estes músculos capazes de realizar movimentos de contração e relaxamento. Um exemplo simples é a ação de dobrar o cotovelo, onde há músculos que se contraem e músculos que se relaxam (músculos com funções opostas – para o movimento ficar harmônico, enquanto um músculo se contrai, o seu músculo oposto deve relaxar).

A paralisia cerebral é o termo utilizado para a encefalopatia hipóxica-isquêmica não-progressiva perinatal, ou seja, uma doença ocorrida no cérebro da criança próximo ao seu nascimento (intrauterina, na hora do parto ou após o parto), geralmente por baixa oferta de oxigênio, e que não progride. É importante notar que o cérebro com “Paralisia Cerebral” não está paralisado, não sendo, portanto, o nome mais adequado para a encefalopatia, porém, é o termo mais utilizado. Os acometimentos variam, desde leves sequelas, quase imperceptíveis, até casos graves, podendo ou não afetar o desenvolvimento intelectual. As paralisias cerebrais podem ser classificadas de acordo com a característica clínica mais dominante; sendo elas: espástica; discinética ou extrapiramidal e atáxica.