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É comum um paciente passar por uma fase de negação quando descobre uma doença, ainda mais algo que vai permanecer por algum tempo ou até o fim da vida. Mas como saber se essa negação não é algo a mais?

A anosognosia é uma condição de nome difícil que se caracteriza pela negação e falta da consciência da própria doença. O maior agravante dessa disfunção é a dificuldade em realizar o tratamento, uma vez que a pessoa acredita não necessitar de acompanhamento por não estar doente. Ligada ao funcionamento cognitivo, a anosognosia aparece muitas vezes atrelada a doenças neurológicas, como o Alzheimer, acidentes vasculares encefálicos ou mesmo ocorrência de tumor cerebral.

O diagnóstico da anosognosia é bastante delicado, pois leva em conta fatores que estão presentes em diversas outras doenças: perda de memória, alteração de personalidade, negação, irritabilidade, limitação da linguagem (capacidade de se expressar), entre outros.

Por vezes, a anosognosia pode acompanhar também condições com características físicas. Inclusive, foi assim que a condição foi ‘descoberta’: dois pacientes com hemiplegia e paralisia que não tinham consciência da falha motora, com um quadro neurológico chamado de heminegligência, onde o paciente não reconhece metade de seu próprio corpo como sendo seu. Um paciente com heminegligência pode ignorar metade do mundo, em casos extremos comendo apenas metade da comida do prato (deixando um lado intacto) ou cortando apenas metade da barba, entre outras coisas bem curiosas e pitorescas.

Mas, uma vez fechado o diagnóstico, é preciso iniciar o acompanhamento o quanto antes. Como não existe tratamento específico para a anosognosia, o foco é proporcionar a melhor qualidade de vida ao paciente com as seguintes medidas:

- Estimulando suas capacidades cognitivas de maneira que ele/a tenha interesse;

- Ensinando o paciente a usar truques para detectar sua deficiência

- Realizando os tratamentos de outras condições, sem pressionar o/a paciente;

- Incentivando a pessoa a fazer atividades que tragam prazer e alegria, como dança e culinária se for do gosto;

- Proporcionando conforto físico e mental.

É importante ressaltar que a anosognosia não é, propriamente, uma doença, mas sim um sintoma recorrente em inúmeras doenças neurológicas, por isso a importância do paciente ser acompanhado por um médico neurologista.

Dúvidas? Entre em contato com um neurologista clínico para uma avaliação detalhada!

Dr. Bernardo de Monaco
CRM-SP 115988
RQE 58076