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O que são abcessos cerebrais?

Os abcessos (ou abscessos) cerebrais são complicações muito graves de quadros infecciosos. Geralmente pessoas com falha na imunidade podem desenvolver infecções, causadas por bactérias, micobactérias, fungos ou parasitas, acometendo o tecido cerebral. Uma infecção no ouvido em uma criança, infecções dentárias, traumatismos, se não tratados adequadamente, podem complicar com a formação de abcesso cerebral. Estima-se que a incidência seja de 0,4 a 0,9 casos de abcesso para cada 100000 pessoas.

Eles podem ocorrer por três vias principais: 1) Contiguidade: quando o abcesso se forma a partir de uma infecção de uma região muito próxima do crânio, como uma infecção de ouvido complicada, uma sinusite profunda ou mesmo uma mastoidite; 2) Por disseminação de uma bactéria pela corrente sanguínea: através da corrente a bactéria pode se alojar no cérebro e lá formar o abcesso; 3) Após cirurgias no crânio, onde existe uma porta de entrada que pode complicar com a formação de um abcesso ou empiema cerebral. Existem abcessos assépticos no cérebro, como ocorre dentro de radionecroses (áreas necróticas dentro do cérebro secundárias à radioterapia ou radiocirurgia), e mesmo tumores abcedados. 

Para os abcessos infecciosos, as medicações administradas por via endovenosa podem resolver abcessos pequenos, porém, em abcessos mais volumosos, a medicação não atinge as bactérias existentes em seu interior (o sangue que transporta a medicação não penetra no abcesso), sendo necessário um procedimento cirúrgico, a drenagem de abcesso cerebral. Mesmo com a drenagem do abcesso cerebral, é necessário tratamento complementar.

Pacientes com o vírus HIV desenvolvem mais comumente abcessos por Toxoplasma gondii (toxoplasmose cerebral), um fungo, assim como podem desenvolver abcessos por Mycobacterium tuberculosis (tuberculose cerebral). Pacientes transplantados e imunossuprimidos também apresentam riscos de desenvolverem abcessos fúngicos, mesmo por Aspergilus ou Candida. Em pacientes vítimas de traumatismo de crânio e/ou face e pós-operatórios podem desenvolver abcessos contendo bactérias que colonizam a pele, como o Staphylococcus aureus e S. epidermidis, entre outras. Muitas vezes existe mais de uma bactéria como causadora de abcesso cerebral ao mesmo tempo.

As disseminações pela corrente sanguínea podem ocorrer em pacientes que sofrem endocardites (infecções no coração) e é comum em usuários de drogas injetáveis. Infecções que ocorrem após sinusite complicada ou otite, ou mesmo após infecções dentárias geralmente são de flora multibacteriana.

Como é feita a drenagem do abcesso cerebral?

A drenagem do abcesso cerebral pode ser realizada por punção direta (utilizada para grandes abcessos superficiais), punção guiada por estereotaxia, procedimento com fineza e precisão para localizações mais delicadas ou mesmo para otimização da drenagem, assim como punção guiada por neuronavegação. Pode ser realizado com anestesia local, em ambiente de centro cirúrgico, por neurocirurgião com experiência em estereotaxia.

Drenagem de Abcesso Cerebral

Mesmo após a drenagem do abcesso, o paciente precisa de seguimento intensivo, acompanhado por médico infectologista para o tratamento definitivo do abcesso cerebral e da cerebrite associada (infecção cerebral) e eventualmente de outros focos e outras doenças associadas. Alguns pacientes podem ficar com sequelas, como se tivesse sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). 

Para mais informações, procure um neurocirurgião com experiência em estereotaxia e procedimentos funcionais.

Estereotaxia para drenagem de Abscesso Cerebral