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Quando falamos de espasticidade e rigidez, estamos descrevendo duas alterações que afetam os músculos e a capacidade de movimentação, porém elas possuem características diferentes. Não são doenças, mas sim, sintomas presentes em mais de um tipo de doença. A espasticidade é um aumento no tônus muscular que afeta preferencialmente as musculaturas anti-gravitacionais, que varia com a velocidade de movimento e está relacionada com hiperreflexia e movimentos em bloco, com co-contrações (contrações de músculos não recrutados). Um exemplo de doença que cursa com espasticidade é o acidente vascular encefálico (AVE ou AVC). Já a rigidez é um endurecimento muscular, que diminui a velocidade e amplitude dos movimentos, não-dependente de velocidade e presente em todo o arco de movimento. Um exemplo de doença que cursa com rigidez é a Doença de Parkinson.

A rigidez muscular faz com que o paciente tenha dificuldade em movimentar-se, seja para se levantar de uma cadeira, para começar a andar, ou para pegar um objeto. Um sintoma discreto para rigidez é a dificuldade de fazer a própria assinatura, já que em casos iniciais, a rigidez é difícil de ser diagnosticada. Ao se movimentar a articulação de uma pessoa com rigidez, sente-se como se houvesse uma engrenagem com uma roda denteada na articulação. Algumas medicações podem causar rigidez como efeito colateral, como o caso de alguns anti-eméticos (remédios para vômito, como a metoclopramida - Plasil) ou neurolépticos (como o haloperidol). As doenças neurológicas que cursam com rigidez geralmente acometem uma parte do encéfalo chamada gânglios da base, como a degeneração da substância negra na Doença de Parkinson.

Já na espasticidade os principais sintomas são: contrações involuntárias, postura involuntária, dor e dificuldade para movimentar os membros afetados. A espasticidade é causada por lesão no sistema nervoso central, secundária à doenças como AVC, traumatismo raqui-medular, traumatismo craniano, esclerose múltipla e paralisia cerebral.

Os dois sintomas afetam diretamente os músculos, acometendo os movimentos do corpo. O tratamento, tanto da espasticidade, quanto da rigidez deve ser multidisciplinar, ou seja: deve envolver os médicos responsáveis pelo caso, os terapeutas e fisioterapeutas, além dos cuidadores, paciente e familiares.  

Possui dúvidas sobre espasticidade e rigidez? Procure um neurocirurgião funcional ou um neurologista especializado em distúrbios do movimento.